By Giovana Romani
Helena tem a pele firme, luminosa, sem uma linha de expressão sequer. Brilho, sabe?
Dia desses me peguei admirando – talvez desejando ter – aquela cútis de quem não passou por sequer um grande problema na vida. Ah, sim, Helena, minha sobrinha, acabou de completar 9 anos, e realmente não carrega no rosto as marcas de uma vida muito vivida. Daí tira-se o óbvio, mas que a gente teima em esquecer: precisamos estar o melhor possível dentro da nossa realidade, da nossa vontade, dos nossos anos acumulados de experiências (umas incríveis, outras nem tanto).
Bom, antes de continuar essa conversa que tem como objetivo tirar o elefante da sala quando se fala em envelhecer, preciso me apresentar. Sou Giovana Romani, jornalista especializada em moda e beleza, mãe. Tenho 37 anos, pareço menos, o que nunca achei assim tão bom e que com frequência me causou uma reflexão: a quem interessa uma mulher parecer uma menina para sempre? Papo longo, cheio de camadas sobre feminismo, sociedade, comportamento – e que vou deixar para um próximo texto.
Hoje, vou me ater à experiência jornalística de mais de uma década em publicações femininas, em que vi muita coisa mudar no que diz respeito à forma como as mulheres olham e tratam a si mesmas. A maquiagem carregada que esconde, por exemplo, deu lugar à popularização do skincare, que trata e revitaliza. Os corpos tornaram-se mais diversos, menos plásticos. A palavra perfeição perde espaço para outra, mais democrática e possível: qualidade. Sai o anti-aging, o anti-idade, e entra o pro-aging.
Uma vez que não dá para parar o relógio, combater o tempo, por que não fazer dele um aliado?
Nesta toada, já faz anos que as revistas femininas aboliram os termos com prefixo “anti”de seus textos, bem como fizeram grandes empresas fabricantes de dermocosméticos. A mensagem é clara: em vez de prometermos o impossível, o combate a algo tão natural, oferecemos formas de você lidar com esse processo da melhor maneira. Com qualidade, respeitando seu tipo de pele, seu formato de rosto, seus desejos em relação a si mesma, às marcas de expressão colecionadas ao longo de décadas.
Afinal, não rola mesmo reaver o colágeno e ficar com a mesma carinha da minha sobrinha Helena, a Leloca. Mais que isso, é desnecessário. Cada vez mais quero ter a cara da mulher, mãe, profissional que caminhei tanto para ser – em minha melhor versão, na qual me sinto bem comigo! No próximo post prometo dividir mais sobre isso e sobre como fiz as pazes com a minha aparência depois da maternidade.
Spoiler: laser e procedimentos que têm qualidade como objetivo estão no pacote.
Até lá!