By Giovana Romani
Pressão estética, autoestima, padrão/não padrão. Você tem que se amar, se aceitar. Ok, ok, tudo verdade. E tudo parte de um processo, de uma jornada. Sempre que conto, em uma roda de conversa, que faço procedimentos estéticos (e amo!), o papo rende. As pessoas começam a se abrir, você descobre que aquela amiga aplica toxina botulínica há dez anos, a outra morre de medo, e por aí vai. É curioso que ainda seja mais ou menos tabu falar disso, né?
Para mim, que trabalho como comunicadora e influenciadora, transparência nas relações é essencial, então conto numa boa das minhas visitas à clínica e toda jornada até aqui. Como já escrevi em uma coluna anterior, sempre pareci mais nova, nunca achei isso bom (sobretudo na adolescência), mas também nunca tomei muito cuidado com sol, pele, cremes etc. Sou da geração maquiagem pra cobrir e só depois dos 30 (tenho 37) o skincare entrou na minha vida.
Foi quando também tive vontade de fazer procedimentos mais invasivos e conhecer dermatologistas – alguns deram certo, outros meio errado. Curioso que, privilegiada, pude testar em qual versão me sentia melhor. Com a maternidade, passei um tempão sem botox e no espelho via uma aparência exausta. Isso está longe de ser um problema, uma questão a ser resolvida por todas as mulheres. Mas senti vontade de me ver de outro jeito e, após parar de amamentar, voltei a colocar a toxina e ácido hialurônico em alguns pontos. Foi um alívio – para mim e, de novo, entendo que não seja para todo mundo.
Bom, aí conheci a doutora Giovana Moraes e um mundo de possibilidades se abriu. O laser Lavieen virou meu queridinho: ele resulta em efeito blur e deixa a pele lisinha, sou viciada. O Ultraformer é mesmo tudo aquilo que falam: dá um up sem precisar de nada invasivo. uau! Alguns procedimentos doem? Não vou mentir que sim. Eu me sinto bem depois? Muito! Nas rodas de conversas que falei acima noto que, muitas vezes, a questão que impede de contar sobre/fazer um procedimento é a opinião alheia. O que meu namorado vai achar? E a turma do trabalho? Precisamos urgentemente nos livrar disso.
Body shamming não é legal e, a não ser que seja algo capaz de ser resolvido no ato, tipo um batom borrado, criticar a aparência alheia não traz nada de bom. Beleza é liberdade, sentir-se bem, olhar no espelho e transbordar seja de cara lavada, seja com rugas, seja cheia de maquiagem. Precisa ter cuidado? Precisa, óbvio. Primeiro de escolher profissionais sérios, capazes de identificar transtornos dismórficos. E, acima de tudo, cuidado de entender qual a motivação. É por você? Pelos outros? Entendo isso, a beleza a seu favor pode fazer milagres.